Boletim Econômico
Resumo Semanal do Mercado Econômico
ECONOMIA
Nesta última semana de outubro, marcada pelo Halloween, o cenário econômico trouxe consigo a sombra do déficit fiscal. O real sofreu forte pressão, com o dólar atingindo quase R$ 5,90, o nível mais alto dos últimos três anos. Nos Estados Unidos, as apostas em uma possível vitória de Donald Trump na corrida eleitoral ganharam força, beneficiando o bitcoin, que se destacou como o ativo mais rentável de outubro.
No Oriente Médio, a situação geopolítica oscilou entre períodos de tensão e calmaria. Israel respondeu com medidas de retaliação limitadas ao Irã, que, por sua vez, prometeu retaliações mais incisivas, gerando volatilidade no preço do ouro, que chegou próximo dos US$ 2.800 por onça, renovando suas máximas.
A temporada de resultados corporativos do terceiro trimestre trouxe surpresas mistas: Alphabet (Google), Apple e Amazon superaram expectativas, enquanto Microsoft e Meta decepcionaram. No Brasil, os balanços de Bradesco e WEG frustraram o mercado. Na Europa, a Volkswagen anunciou o fechamento de três fábricas, visando economizar cerca de US$ 4 bilhões. A nível nacional, o governo sofreu um revés com a Câmara dos Deputados, que rejeitou a proposta de tributação sobre grandes fortunas.
Nos Estados Unidos, os dados do payroll indicaram criação de apenas 12 mil empregos, abaixo das expectativas. Esse cenário sustentou a possibilidade de manutenção ou até corte dos juros pelo Federal Reserve, impulsionando as bolsas americanas. No Brasil, contudo, o impacto foi limitado, com o Ibovespa recuando 1,3%, encerrando a semana aos 128.121 pontos. O dólar, em contrapartida, valorizou-se 3% e fechou o período cotado a R$ 5,87, maior patamar desde março de 2021.
O bitcoin destacou-se como o melhor ativo do mês, atingindo US$ 72.686 no final de outubro. Fatores como a entrada recorde de investimentos nos fundos de criptoativos – incluindo um aporte inédito de quase US$ 900 milhões no fundo de bitcoin da BlackRock – contribuíram para essa valorização. O ouro foi o segundo melhor investimento, com alta de 11% no mês e acumulando quase 60% no ano, impulsionado tanto pelas tensões geopolíticas quanto pela incerteza das eleições americanas. O dólar, que ocupou a terceira posição, valorizou-se 6% em outubro.
Ainda no cenário legislativo, a Câmara dos Deputados rechaçou a criação do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), proposto pelo PSOL e apoiado pelo governo. A alíquota variaria de 0,5% a 1,5%, dependendo do montante da fortuna. O argumento contra a medida foi que os contribuintes poderiam retirar capital do país, gerando efeito contrário ao esperado na arrecadação fiscal.
Na Argentina, o governo de Javier Milei começa a conquistar a confiança do mercado, com avanços na economia e controle inflacionário. A inflação mensal caiu de 54% para 2%, e o Banco Central reduziu a taxa de juros de 40% para 35%, representando uma grande queda em comparação aos 133% anuais do início de seu mandato. Esse novo cenário reflete o retorno do país ao capitalismo e à liberdade econômica.
Para a próxima semana, espera-se uma agenda intensa: eleições presidenciais americanas, decisão de política monetária nos Estados Unidos e no Reino Unido e ajuste no horário de fechamento da bolsa brasileira, que passará a encerrar as atividades às 18h.
Disclaimer: Este boletim é elaborado com base em dados e informações disponíveis até a data de sua publicação. O cenário econômico é dinâmico e sujeito a mudanças repentinas. Recomenda-se consultar fontes oficiais para obter informações mais atualizadas.
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